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Mais de mil suspiros no salão e apenas um sorriso. Abram alas para a alegria. Venham de carro alegórico, sem automóvel, à pé. Antes do sol raiar, depois d'ele nascer, a chuva escreve felicidade nela, bordada em confetes sem fim. Precedendo o final, um recomeço expressivo e intenso porque a folia não é passageira. De tantas alforrias efêmeras, uma se faz permanente desde o berço: pela imaginação há chance de voar pra qualquer lugar, tenha grades no peito ou não. Assim sendo, ela deixou sua fantasia mais bonita no olhar, em pleno outono carioca. O poeta poderia dizer que a alegria é um bloco de carnaval que não liga se não é fevereiro. Sem multidões para batucar, mais de cem batimentos por minuto, o espelho d'alma já lhe falara, através do silêncio dos reflexos, que sua máscara de tristeza não tinha serventia nem fora de época. Ela tirou tudo que não dava samba e vestiu-se de si mesma para montar o próprio enredo de leveza.

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